Escolhido em 2018 como um “Artista que o mundo deveria conhecer” e apresentado como tal pela organização do TEDx em seu último evento realizado em Málaga (Espanha), já destacado em 2015, entre os contratenores de seu país pela prestigiada revista Ópera Real ; o catalão Víctor Jiménez Díaz (Barcelona, 1988), é hoje um dos artistas espanhóis de maior projeção internacional.
A imprensa especializada apresenta-o como um dos mais importantes jovens cantores do momento. A crítica é cheia de elogios por sua voz, que possui altos brilhantes e graves profundos. Escrevendo sobre seu refinamento e domínio técnico, que lhe permitem oferecer uma leitura rigorosa dos trabalhos que interpreta; e acima de tudo, sobre uma forte personalidade artística e presença cênica, o que lhe permitem se impor facilmente diante de uma audiência a qual se entrega sem reservas.
Treinado no Conservatori del Liceu em Barcelona desde então, aperfeiçoou-se com os mestres Francesca Roig e David Mason, além de receber conselhos de artistas como Jordi Domènech, Miquel Ortega, Carlos Mena, Carlos Chausson e da grande Montserrat Caballé, que entusiasmada depois ouvi-lo cantar uma ária de Handel, quis promover sua aproximação ao Bel Canto.

Desde 2008, sua carreira não parou de crescer, sendo convidado a trabalhar ao lado das mais prestigiadas e especializadas orquestras (Armonia Athena, Barocchisti, La Grande Écurie et la Chambre du Roy …) dirigidas por maestros como George Petrou, Diego Fasolis ou Jean-Claude Malgoire; acumulando reconhecimento, prestígio e prêmios internacionais como o “Hariclea Darclée” da Romênia ou o Voix Sacrées Talents Lyriques de Reims (França).

A estréia internacional veio da mão do renomado maestro Jean-Claude Malgoire, músico extraordinário e pai da recuperação e interpretação da música antiga, bem como um importante descobridor de jovens talentos como Sabine Devieilhe, Philippe Jaroussky e Véronique Gens. O recém-desaparecido maestro Malgoire, foi um dos primeiros a acreditar no talento de nosso cantor organizando sua estréia na França em concerto, interpretando a parte solo de contralto no Messias de Handel no prestigioso Festival Les Flâneries Musicales de Reims (2015) e mais tarde, com ele também, estreou-se no papel de Medoro de “Orlando Furioso” de Vivaldi, numa produção de Vivaldi desse diretor em seu Atelier Lyrique de Tourcoing e o prestigioso Théâtre des Champs Élysées em Paris (2017), onde obtiveram um grande sucesso de público e crítico.
Durante o ano de 2012, participou do 1º Curso Internacional de Música Antiga de Ávila, onde fez um primeiro contato com a interpretação do repertório renascentista e barroco, sob critérios historicistas. Lá, além de solista do Membra Jesu Nostri de Buxtehude estreou, sob a direção de Daniel de la Puente, iniciando assim uma especialização que se tornaria a espinha dorsal de sua carreira profissional.

Seu trabalho como musicólogo e produtor musical também é digno de nota, no qual ele se dedica a recuperar repertório histórico esquecido ou pouco programado. Programas como Sancta Maria com o flautista Alberto Domínguez Gálvez, com música sacra de Vivaldi; A thousand ways com música escrita para contratenor por Henry Purcell, junto com o grupo “il gesto armonico”; ou em breve será seu primeiro trabalho de gravação para o selo Columna Música: Bocatto di Cardinale (dezembro de 2018). Um projeto interessante de pesquisas em que cantatas italianas esquecidas, escritas na corte do cardeal Pietro Ottoboni, foram resgatadas e que com este álbum, serão reclassificadas mundialmente sob sua direção artística e acompanhadas pelo grupo de instrumentos históricos, o Ensemble Rigaudon.