O castrato é um cantor cuja extensão vocal corresponde à das vozes femininas, devido à castração, quando criança, para preservar sua voz aguda. O termo castrato designa não só o cantor, mas também o próprio registro da sua voz, com uma tessitura única, com um poder e uma flexibilidade impressionantes.
A prática de castração de jovens cantores existia desde o início do Império Bizantino, em Constantinopla, em torno do século IV.
No século XVI, na península Itálica, os castratis reapareceram, pela necessidade de vozes agudas nos coros das igrejas devido à diversificação das composições musicais e uma maior exploração da extensão vocal incluindo notas sempre mais agudas numa época em que a participação das mulheres era restrita.

Os mais famosos castratis foram Carlo Broschi, conhecido por Farinelli, e Francesco Bernardi conhecido como Sensino. O último castrato da história foi Alessandro Moreschi, que abandonou o coro da Capela Sistina em 1913.
A criação operística nos séculos XVII e XVIII era muitas vezes composta com papeis dedicados aos castratis, como por exemplo as óperas de Händel. Nos dias de hoje, esses papéis são frequentemente desempenhados por contratenores ou cantoras contralto.
Curiosidades da Wikipedia
Em 1994, foi lançado um filme sobre a vida de Farinelli, intitulado “Farinelli – Il Castrato”. Dirigido por Gerard Corbiau e estrelado, entre outros, por Stephano Dionisi, Enrico Lo Verso, Elsa Zylberstein e Jeroen Krabbé, a produção cinematográfica italiana arrematou o Globo de Ouro, como melhor filme estrageiro, além de ter sido indicada ao Oscar, na categoria de melhor filme estrangeiro.
A produção utiliza-se, como trilha sonora, de temas musicais de compositores barrocos como Riccardo Broschi, Johann Adolf Hasse, Georg Friedrich Händel, Giovanni Battista Pergolesi e Nicola Antonio Porpora.